OUÇA A MEDITAÇÃO
Espírito de retidão.
(40) "Quero que sejas sempre reta no teu agir, com um olho deves olhar para Mim e com o outro deves olhar o que estás a fazer; quero que as criaturas te desapareçam completamente. Se você não olhar para as pessoas, não, mas deves pensar que eu mesmo quero que faças o que te é ordenado, então com o olho fixo em Mim não julgarás ninguém, não olharás se a coisa te é penosa ou te agrada, se podes ou não fazê-la, fechando os olhos a tudo isto os abrirás para olhar só a Mim, me levarás junto a ti pensando que te estou olhando fixamente e me dirás: "Senhor, só por Ti o faço, só por Ti quero agir, não mais escrava das criaturas". Então, se você anda, se você trabalha, se você fala, em qualquer coisa que você faz, seu único fim deve ser de me agradar só a Mim. Oh! Quantos defeitos evitará se fizer assim".
(41) Outras vezes me dizia: "Também quero que se as pessoas te mortifiquem, te injuriam, te contradizem, o olhar também fixo em Mim, pensando que com a minha própria boca te digo: "Filha, sou propriamente Eu que quero que sofras isto, não as criaturas, afasta o olhar delas, senão só Eu e tu sempre, todas as demais destruas. Olha, quero fazer-te bela por meio destes sofrimentos, quero enriquecer-te com méritos, quero trabalhar a tua alma, tornar-te semelhante a Mim. Você me fará um presente, me agradecerá afetuosamente, será agradecida com aquelas pessoas que te dão a oportunidade de sofrer, recompensando-as com algum benefício. Fazendo assim caminharás
reta diante de Mim, nada te dará mais inquietude e gozarás sempre paz".
2-5
Março 18, 1899
Continua a ver Jesus retirado no seu coração. Ele diz-lhe como lhe é querida a caridade.
(1) Esta manhã meu querido Jesus continuava a fazer-se ver de dentro do meu coração, e
vendo-o um pouco mais amável, armei-me de coragem e comecei a pedir-lhe que não
mandasse tantos castigos, e Jesus me disse:
(2) "O que te move, ó minha filha, a pedir-me que não castigue as criaturas?"
(3) Eu imediatamente respondi: "Porque são tuas imagens e, devendo as criaturas sofrer, virias
tu mesmo a sofrer". Então Jesus dando um suspiro me disse:
(4) "Me é tão querida a caridade, que você não pode compreendê-lo. A caridade é simples,
como meu Ser, que embora seja imenso, é também simplíssimo, tanto que não há parte na
qual não penetre. Assim a caridade, sendo simples, se difunde por toda parte, não tem
deferência por nenhum, amigo ou inimigo, vizinho ou forasteiro, a todos ama".
3-6
Novembro 11, 1899
A obediência impede-a de se ajustar à justiça.
(1) Encontrando-me em meu habitual estado, encontrei-me fora de mim mesma e me parecia que girava pela terra. ¡¡ Oh, como estava inundada por todo tipo de iniquidades, dá horror pensar!
Agora, enquanto eu girava, cheguei a um ponto e encontrei um sacerdote de vida santa, e em outro ponto uma virgem de vida pura e santa. Nos unimos os três e começamos a falar sobre os tantos castigos que o Senhor está enviando e tantos outros que tem preparados. Eu lhes disse: "E vós, que fazeis? Acaso vos conformastes à divina justiça?" E eles:
(2) "Vendo a extrema necessidade destes tristes tempos, e que o homem não se renderia nem que viesse um apóstolo, nem se o Senhor enviasse a outro São Vicente Ferrer, que com milagres e sinais portentosas o pudesse induzir à conversão é mais, vendo que o homem chegou a tal obstinação e a uma espécie de loucura, que a mesma força dos milagres o tornaria mais incrédulo, então, obrigados por esta premente necessidade, pelo bem deles e para deter este mar purulento que inunda a face da terra, e para glória do nosso Deus tão ultrajado, conformamo-nos à justiça, só estamos rogando e oferecendo-nos vítimas para fazer que estes castigos sirvam para a conversão dos povos. E tu, que fazes? Não te conformaste conosco?"
(3) E eu: "Ah não, não posso, porque a obediência não quer, embora Jesus queira que me uniforme, mas como a obediência não quer, deve prevalecer sobre tudo, devo estar sempre em oposição com Jesus bendito, o que me aflige muito".
(4) E Eles: "Quando há obediência, certamente não precisa aderir".
(5) Depois disto, encontrando-me em mim mesma, assim que vi o amadíssimo Jesus quis saber de que parte eram aquele sacerdote e aquela virgem, e Ele me disse que eram do Peru.
4-6
Setembro 14, 1900
Jesus derrama para aplacar sua justiça. O heroísmo da verdadeira virtude.
(1) Esta manhã meu adorável Jesus não vinha, e depois de muito esperar se fazia ver dentro de meu interior, que apoiando-se em meu coração cingia seus braços ao seu redor e apoiava sua sacratíssima cabeça nele, todo frigido, sério, de modo que te impunha silêncio, e virado de costas para o mundo. Depois de ter estado um pouco em silêncio, porque o aspecto com que se mostrava não permitia o atrever-se a dizer uma palavra, se tirou dessa posição e me disse:
(2) "Eu tinha resolvido não derramar, mas as coisas chegaram a tal ponto, que se eu não derramar estouraria iminentemente tais alvoroços, de mover revoluções que fariam sangrentas matanças".
(3) E eu: "Sim Senhor, derrama, este é meu único desejo, que desabafes sobre mim tua ira e perdoes as criaturas". Assim derramou um pouco. Depois, como se tivesse se acalmado acrescentou:
(4) "Minha filha, como cordeiro me fiz conduzir ao matadouro e estive mudo ante quem me sacrificou, assim será daqueles poucos bons destes tempos; porém isto é o heroísmo da verdadeira virtude.
5) Acrescentou mais uma vez: "Derramei, queres que eu derrame mais um pouco, para que eu fique mais aliviado?"
(6) E eu: "Meu Senhor, não me pergunte, estou à sua disposição, pode fazer de mim o que quiser". Assim derramou de novo e desapareceu deixando-me sofredor e contente pelo pensamento de que tinha aliviado as penas do meu amado Jesus.
5-6
Abril 7, 1903
Temores por seu estado.
(1) Depois de ter passado dias amargos pelas contínuas privações de meu adorável Jesus, esta manhã me sentia ao cúmulo da aflição, cansada e sem forças, estava pensando que verdadeiramente não me queria mais neste estado, e quase me decidia a sair dele. Enquanto fazia isso, meu amável Jesus se moveu em meu interior e se fazia ouvir que rezava por mim, e só compreendia que implorava a potência, a força e a providência do Pai para mim, acrescentando:
(2) "Não vê, ! oh" Pai, como você tem maior necessidade de ajuda, porque depois de tantas graças você quer se tornar pecadora saindo de nossa Vontade?"
(3) Quem pode dizer como me sentia destroçar o coração ao ouvir estas palavras de Jesus. Depois saiu de dentro de mim, e eu depois de me ter assegurado que fora o bendito Jesus disse: "Senhor, é Tua vontade que continue neste estado de vítima?
Porque eu não me sinto na mesma posição que no princípio, me vejo como se não fosse necessária a vinda do sacerdote, e pelo menos pouparei o sacrifício ao confessor.
(4) E Ele: "Por agora não é minha Vontade que tu saias; a respeito do sacrifício do sacerdote, restituirei centuplicada a caridade que faz".
(5) Depois, todos os aflitos acrescentaram: "Minha filha, os socialistas planejaram entre eles golpear a Igreja, e isto fizeram-no na França publicamente, e na Itália mais oculto; e minha justiça vai encontrando vazios para lançar mão dos castigos".
6-6
Novembro 23, 1903
Não há beleza igual ao sofrer somente por Deus.
(1) No meu íntimo, fiquei impressionada com o que tinha escrito acima, como se não estivesse conforme à verdade, por isso assim que vi o bendito Jesus disse: "Senhor, o que escrevi não está bem, como pode ser tudo isso só com o sofrer?"
(2) E Ele: "Minha filha, não te admires, porque não há beleza que iguale ao sofrer só pelo amor de Deus. De Mim partem continuamente duas flechas, uma do meu coração, que é de amor e fere a todos aqueles que estão no meu regaço, isto é, que estão na minha graça, e esta flecha produz chagas, mortifica, irrita, aflige, atrai, revela, consola e continua minha Paixão e Redenção naqueles que estão em meu colo; a outra parte de meu trono eu a confio aos anjos, os quais como ministros meus fazem correr esta flecha sobre qualquer espécie de pessoas, punindo-as e excitando todos à conversão".
(3) Agora, enquanto isto dizia me participou suas dores dizendo-me:
(4) "Eis também em ti a continuação de minha Redenção".
7-6
Março 4, 1906
Uma brincadeira de Jesus.
(1) Continuando meu habitual estado, estava dizendo interiormente: "Senhor, me manifeste tua Vontade, se devo ou não estar neste estado. O que você perde em me dizer sim ou não?" Enquanto isso dizia o bendito Jesus se fez ouvir em meu interior e me disse:
(2) "Minha filha, digo que quero que saias deste estado de vítima, mas se o fizeres, ai de ti!"
(3) E eu: "Se você mesmo me diz que quer que eu saia, não devo?
(4) E Ele: "Devo dizer-te, empurrar-te, agredir-te, e não deves fazê-lo, porque uma filha que está sempre com seu pai deve conhecer o temperamento do pai, o tempo, a causa;
deve ponderar bem tudo, e se for necessário deve dissuadir o próprio pai de lhe dar aquela ordem".
(5) E eu: "Não o fiz porque a obediência não quer".
(6) E Ele sem me dar tempo: "E se te permite, pobre daquele que o faça!"
(7) Ao ouvir isto, disse: "Senhor, parece que desta vez queres tentar-me e causar-me tanta perturbação; Eu mesma já não sei o que devo fazer".
(8) E ele: "Quis brincar um pouco contigo; Os esposos nunca brincam uns com os outros,? e eu não posso fazer o mesmo?"
8-7
Julho 17, 1907
Verdadeiro sinal para saber se se vive na Divina Vontade.
(1) Continuando meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) "Minha filha, o verdadeiro sinal para saber se a alma vive em minha Vontade, é que tudo o que lhe
acontece, em qualquer coisa se desenvolve a paz, porque minha Vontade é tão perfeita e santa que não
pode produzir nem sequer a sombra da turbação. Assim, se nos conflitos, mortificações, amarguras, se sente
perturbada, não pode dizer que está dentro da minha Vontade; na melhor das hipóteses, se se sente
resignada e ao mesmo tempo perturbada, pode dizer que está à sombra da minha Vontade, porque estando
fora é dona de sentir-se a si mesma, mas dentro não".
9-8
Maio 25, 1909
Jesus confunde a alma de amor.
(1) Continuando meu estado habitual, o bendito Jesus não vinha, mas eu senti todo o dia como alguém que me apressava, que não me deixava perder nem um minuto de tempo, mas que me tinha sempre em contínua oração. Um pensamento queria distrair-me ao dizer-me: "Quando o Senhor não vem tu rezas mais, estás mais atenta, e com isto dás ocasião para que não venha, porque o Senhor dirá: Já que se porta melhor quando não venho, é melhor que a prive de Mim". Eu não posso perder tempo e escutar o que dizia o pensamento, para fechar-lhe a porta na cara disse:
"Por quanto mais Ele não venha, eu mais o confundirei em amor, eu não quero dar-lhe ocasião, isto posso e isto quero fazer, e Ele é dono de fazer o que queira". E sem pensar no desatino que me havia dito o pensamento continuei o que devia fazer. E na noite, quando já nem me lembrava disso, o bendito Jesus veio e sorrindo me disse:
(2) "Bravo, bravo a minha amante que quer me confundir em amor, entretanto te digo: Jamais me confundirá, e se alguma vez parecer que me confunde em amor, sou Eu quem te dá a liberdade de fazê-lo, porque o único alívio e a coisa que mais gozo por parte das criaturas é o amor. De fato era Eu quem te sugeria rezar, que rezava contigo, que não te dava descanso, assim que em vez de me confundires tu, Eu te confundia em amor, e como tu te sentias toda cheia de amor e por isso ficavas confusa, vendo o quanto meu amor derramava em ti, pensavas que me confundias com o teu amor, mas digo-te, contanto, desde que tu procures amar-me mais, gozo destes teus desatinos e faço deles um entretenimento entre tu e eu".
Volume 10
Dezembro 22, 1910
Para poder realizar coisas grandes para Deus, é necessário destruir a estima própria, o respeito humano e a própria natureza.
(1) Continuando meu habitual estado, via diante de minha mente vários sacerdotes, e o bendito Jesus dizia:
(2) "Para ser hábil em fazer coisas grandes para Deus, é necessário destruir a estima própria, o respeito humano e a própria natureza, para reviver da Vida Divina e preocupar-se só com a estima de Nosso Senhor e do que corresponde à sua honra e glória; é necessário triturar, pulverizar o que concerne ao humano para poder viver de Deus; e eis que não vós, mas Deus em vós falará, trabalhará, e as almas e as obras a vós confiadas terão esplêndidos efeitos, e terão os frutos desejados por vós e por Mim, como a obra das reuniões dos sacerdotes que eu lhe disse antes, e um destes poderia ser hábil para promover e também realizar esta obra, mas um pouco de estima própria, de temor vão, de respeito humano torna-o inábil, e a graça quando encontra a alma circundada por estas baixezas, voa e não se detém e o sacerdote fica homem e age como homem, e tem no seu agir os efeitos que pode ter um homem, não já os efeitos que pode ter um sacerdote animado pelo Espírito de Jesus Cristo".
11-6
Fevereiro 24,1912
A alma que faz a Divina Vontade perde seu temperamento, e adquire o temperamento de Jesus. Sorriso de Jesus.
(1) Tendo visto várias almas ao redor de Jesus, especialmente uma muito sensível, Jesus me disse:
(2) "Minha filha, as almas de temperamento sensível, se se põem ao bem, fazem mais progresso que as outras, porque sua sensibilidade às leva a empreendimentos grandes e árduos".
(3) Eu lhe roguei que lhe tirasse esse resto de sensibilidade humana que lhe restava, que a apertasse mais a Ele, que lhe dissesse que a amava, pois ao ouvir-se dizer que a amava a conquistaria de tudo; verás que o alcançarás, não me venceste assim, dizendo-me que me amavas tanto, tanto?
(4) E Jesus: "Sim, sim, fá-lo-ei, mas preciso da sua cooperação, preciso que fuja o mais possível das pessoas que lhe estimulam a sensibilidade".
(5) Então eu acrescentei: "Meu amor, me diga, e meu temperamento, qual é"?
(6) E Jesus: "Quem vive na minha Vontade perde o seu temperamento e adquire o meu. Assim que na alma que faz minha Vontade se descobre um temperamento afável, atrativo, penetrante, digno e ao mesmo tempo simples, de uma simplicidade infantil, em suma, me assemelha em tudo. Antes, mais ainda, tem em seu poder o temperamento como o quer e como se necessita, pois como vive em minha Vontade toma parte em minha Potência, portanto tem as coisas e a si mesma a sua disposição, assim que segundo as circunstâncias e as pessoas com as que tratam,
toma meu temperamento e o desenvolve".
(7) E eu: "Diz-me, dás-me um primeiro lugar no teu Querer?"
(8) Jesus sorrindo: "Sim, sim, prometo-te, da minha Vontade não te farei sair jamais, e tomarás e farás o que queiras".
(9) E eu: "Jesus, quero ser pobre, pobre e pequena, pequena de tuas mesmas coisas não quero nada, melhor que as tenhas Tu mesmo, eu só te quero a Ti, e conforme necessite as coisas Tu me as darás, não é verdade, oh! Jesus?"
(10) E Jesus: "Bravo, bravo a minha filha, finalmente encontrei uma que não quer nada. Todos querem alguma coisa de Mim, mas não o Todo, isto é, a Mim mesmo em troca tu, com não querer nada quiseste tudo, e aqui está toda a fineza e a astúcia do verdadeiro amor".
(11) Eu sorri e Jesus desapareceu.
MEDITAÇÃO DO ESTUDO 6
6. Purificação de Ana e oferecimento de Maria, a menina perfeita para o reino dos Céus.
28 de agosto de 1944.
Em Jerusalém, vejo Joaquim e Ana com Zacarias e Isabel saírem juntos 6.1 de uma casa, certamente de parentes ou amigos, e dirigirem – se ao Templo, onde vão para a cerimônia da Purificação.
Ana tem nos braços a menina, toda envolta em cueiros, tendo sido antes enrolada com um amplo tecido de lã mais leve, que deve ser macio e quente. Com que cuidado e amor leva a sua filhinha, levantando de vez em quando a beirada do pano fino e quente, para ver se Maria respira bem, e depois, cobre-a bem de novo, para protegê-la do ar gelado deste dia sereno, embora de pleno inverno.
Isabel tem alguns pacotes nas mãos. Joaquim puxa com uma corda dois cordeiros grandes e muito brancos, que já são mais carneiros que cordeiros. Zacarias não leva nada. Ele está muito bonito em sua veste de linho, que um pesado manto de lã também branco, deixa entrever. Um Zacarias muito mais jovem do que aquele visto no tempo do nascimento do Batista, em plena virilidade, como também Isabel é agora uma mulher madura, mas ainda de aparência jovem. Todas as vezes que Ana olha a menina, ela também se inclina extasiada, sobre o rostinho adormecido. Muito bonita, com um vestido azul que tende ao violeta escuro, com um véu que lhe cobre a cabeça, descendo depois sobre os ombros e sobre o manto mais escuro que o vestido.
Joaquim e Ana, enfim, estão realmente esplêndidos em suas vestes de festa. Ao contrário do seu costume, ele não está com sua túnica marrom escuro, mas com uma longa veste de um vermelho bem escuro, diríamos, um vermelho de fundo, e as franjas colocadas em seu manto são muito novas e bonitas. Na cabeça, ele tem também uma espécie de véu retangular, cingido com uma tira de couro. Sua roupa é toda nova e fina.
Ana, oh! ela não se veste de escuro hoje. Está com um vestido amarelo muito claro, quase da cor do marfim velho, ajustado à cintura, ao pescoço e aos pulsos por meio de um cinturão que parece ser de prata e ouro. A sua cabeça está coberta com um véu muito leve, que parece adamascado e está preso à fronte por uma lâmina delgada e preciosa. Ao pescoço, um colar de filigrana e nos pulsos, braceletes. Parece uma rainha, também pela dignidade com que caminha com sua veste, em especial o manto amarelo claro, com galões formando um bordado muito bonito, tom sobre tom.
– Parece-me estar te vendo no dia em que fostes a noiva. Eu era pouco mais que uma menina, mas lembro-me ainda como estavas bonita e feliz, diz Isabel.
– Mas hoje estou ainda mais… Quis pôr a mesma roupa daquele dia para a cerimônia de hoje. Eu a guardei sempre para este dia… Já não esperava mais poder usá-la para esta festa.
– O Senhor te amou muito… – diz Isabel com um suspiro.
– É por isso que eu Lhe dou a coisa que eu mais amo. Esta minha flor.
– Como farás para arrancá-la do seio, quando chegar a hora?
– Recordando-me que eu não a tinha, e a recebi de Deus. Estarei sempre mais feliz agora, do que antes. Quando pensar que ela estará no Templo, direi a mim mesma: “Reza junto ao Tabernáculo, ora ao Deus de Israel também por sua mãe” e ficarei em paz. E ainda maior paz terei, ao dizer: “Ela é toda Sua. Quando estes dois velhos felizes que a receberam do Céu não estiverem mais em vida, Ele, o Eterno, lhe será eternamente Pai”. Podes crer, eu tenho disso a firme convicção, esta pequenina não é nossa. Nada mais eu podia fazer… Foi Ele que a colocou em meu ventre, este dom divino para enxugar o meu pranto, confortar as nossas esperanças e atender as nossas orações. Por isso ela é Sua: Nós somos somente os felizes guardiães dela… e por isso Deus seja bendito!
Chegam até os muros do Templo.
– Enquanto vos dirigis para a porta de Nicanor, eu vou avisar o sacerdote. Depois, eu virei também – diz Zacarias, desaparecendo atrás de um arco, que dá para um grande pátio rodeado de
pórticos.
A comitiva continua a encaminhar-se pelos sucessivos terraços. Porque (não sei se já o disse) o recinto do Templo não está sobre um terreno plano, mas vai-se elevando por degraus sucessivos
sempre mais altos. A cada lance pode-se chegar por escadarias, e em cada lance há pátios, pórticos e portais muitos bem trabalhados, de mármore, bronze e ouro.
Antes de chegarem ao lugar combinado, eles param e vão tirar dos pacotes as coisas que tinham levado, ou seja, pães cozidos, de formato achatado e de pouca espessura, feitos com muita gordura, um pouco de farinha branca, duas pombas em uma pequena gaiola de vime e grandes moedas de prata, certas patacas tão pesadas, que por sorte não havia bolsos naquele tempo, pois não resistiriam.
Eis a bonita porta de Nicanor, um trabalho bem acabado de entalhe, feito de pesado bronze com lâminas de prata.
Lá já se encontra Zacarias, ao lado de um sacerdote esplêndidamente vestido de linho.
Ana recebe a aspersão de uma água, que eu suponho seja a água lustral, e depois recebe a ordem de aproximar-se do altar do sacrifício. A menina não está mais em seus braços. Isabel carrega, estando ainda do outro lado da porta.
Joaquim, por sua vez, entra, atrás de sua mulher, puxando um pobre cordeiro balindo. Faço como na purificação de Maria: fecho os olhos para não ver degolações como esta.
Agora Ana está purificada.
Zacarias diz em voz baixa algumas palavras a um colega, o qual concorda, sorrindo. Depois aproxima-se do grupo, que já se reuniu de novo, congratulando-se com a mãe e o pai pela sua alegria e pela fidelidade às promessas feitas, recebendo o segundo cordeiro, a farinha e os pães cozidos.
– Então, esta filha está sendo consagrada ao Senhor? Que a Sua bênção esteja com ela e convosco.
Eis Ana que chega. Ela será uma de suas mestras. É Ana de Fanuel, da tribo de Aser. Vem, mulher!
Esta pequenina é oferecida ao Templo em hóstia de louvor. E tu serás sua mestra. Submissa a ti, ela crescerá na santidade.
Ana de Fanuel, já com os cabelos todos brancos, acaricia a menina, que acabou de acordar e olha com seus olhos inocentes e espantados toda aquela brancura e todo aquele ouro, que a luz do sol faz brilhar.
A cerimônia deve ter acabado. Não vi nenhum rito especial para a oferta de Maria. Talvez fosse suficiente dizê-lo ao sacerdote e sobretudo que o dissessem a Deus, no lugar sagrado.
– Eu gostaria de fazer a oferta ao Templo, e ir depois àquele lugar, onde vi aquela luz no ano passado.
Vão assim para lá, acompanhados por Ana de Fanuel. Mas não entram no Templo propriamente dito. Compreende-se que, tratando-se de mulheres e de uma menina, não chegaram até o lugar, ao qual Maria chegou, quando veio oferecer o seu Filho. Mas, bem perto da porta toda aberta, olham para o interior meio escuro, de onde estão vindo doces cantos de meninas, e de onde vem o brilho de lâmpadas preciosas, que espalham uma luz de ouro sobre dois canteiros de cabecinhas cobertas com véus brancos, dois verdadeiros canteiros de lírios.
– Daqui a três anos tu também estarás lá, meu Lírio, promete Ana a Maria, que olha como que fascinada para o interior do Templo, sorrindo ao lento canto.
– Parece até que ela compreende – diz Ana de Fanuel – É uma linda menina! Será querida por mim, como se fizesse parte de minhas entranhas. Assim eu te prometo ó mãe, se a idade me permitir.
– Sim, que poderás, mulher! – diz Zacarias – Tu a receberás entre as meninas consagradas. Eu também estarei lá. Quero estar lá naquele dia para dizer a ela que reze por nós desde o primeiro
momento… – e olha para a sua mulher; que compreende, suspirando.
A cerimônia terminou, e Ana de Fanuel se retira, enquanto os outros saem do Templo, conversando entre si.
Ouço a voz de Joaquim, que diz:
– Eu teria dado até todos os meus cordeiros, não só os dois melhores, em troca desta alegria, para dar louvor a Deus!
Nada mais vejo.
Jesus diz:
“Salomão faz a Sabedoria dizer: “Quem é criança, venha a mim”. Na * verdade, é da fortaleza e dos muros de sua cidade que a eterna Sabedoria dizia à eterna menina: “Vem a mim”. Ansiava por tê-la. Mais tarde, o Filho desta puríssima menina dirá: “Deixai vir a Mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus, e quem não se tornar semelhante a eles, não terá parte no meu Reino”.
As vozes se perseguem e, enquanto a voz do Céu grita à pequena Maria: “Vem a Mim”, a voz do Homem pensa em sua mãe, ao dizê-lo: “Vinde a Mim, se souberdes ser pequeninos”.
Dou-vos um modelo em minha mãe.
Eis a perfeita criança, do coração de pomba, simples e puro, eis Aquela que os anos e os contatos do mundo não conseguem embrutecer pela barbárie de um espírito corrompido, tortuoso, mentiroso. Porque Ela não quer este espírito. Vinde a Mim, olhando para Maria.
7Tu, que a estás vendo, diz-me: o seu olhar de criança é muito diferente do olhar com que a viste aos pés da Cruz, na alegria do Pentecostes, na hora em que suas pálpebras desceram sobre seus olhos de gazela para o seu último sono? Não.
Aqui está o olhar incerto e espantado da criança; mais tarde será o olhar espantado e verecundo da Anunciada; mais tarde ainda, o olhar feliz da mãe de Belém; depois, o olhar de adoradora da minha primeira e sublime discípula; depois ainda, o olhar dilacerado da atormentada no Gólgota; depois, o olhar radiante da Ressurreição e Pentecostes; e, por fim, o olhar velado do sono extático da última visão. Mas, seja que se abra às primeiras vistas, seja que se feche cansado sobre a última luz, depois de ter visto tanta alegria e tanto horror, o olho é sereno, puro, plácido, nesga de céu que brilha sempre de modo igual, sob a fronte de Maria. Ira, mentira, soberba, luxúria, ódio, curiosidade, nunca o sujam com suas nuvens de fumaça.
É o olho que olha para Deus com amor, tanto quando chora, como quando ri. Por amor de Deus acaricia e perdoa, tudo suportando. Por amor ao seu Deus se torna inatacável aos assaltos do Mal, que muitas vezes se serve dos olhos para penetrar no coração. O olhar puro, repousante, benevolente, que têm os puros, os santos, os enamorados de Deus.
* Eu disse: “A luz do teu corpo são os teus olhos. Se os olhos são puros todo o teu corpo estará iluminado. Mas se os olhos são turvos, toda a tua pessoa estará em trevas”. Os santos tiveram esse olho que é luz para o espírito e salvação para a carne, porque como Maria, durante toda a sua vida, não olharam senão para Deus. Ao contrário, eles sempre se lembraram de Deus.
Explicarei a ti, pequena voz, qual é o sentido desta minha palavra”.
MEDITAÇÃO DO ESTUDO - OUÇA TUDO
CAPITULO 4
DISTRIBUEM-SE POR INSTANTES OS DIVINOS DECRETOS, DECLARANDO O QUE EM CADA UM DEUS
DETERMINOU A RESPEITO DE SUA COMUNICAÇÃO AD EXTRA.
Deus é comunicativo
35. Entendi que esta ordem - referida no fim do capítulo precedente devia ser distribuída pelos seguintes instantes:
Primeiro: aquele no qual Deus conheceu seus divinos atributos e perfeições, com a inefável inclinação de comunicar-se fora de si.
Por este primeiro conhecimento de ser comunicativo ad extra, viu Deus que suas infinitas perfeições possuíam virtude e eficácia para realizar magníficas obras, e que para tão suma bondade era convenientíssimo justo e como necessário a doação de si mesmo. Procederia de acordo com sua propensão expansiva, e exercitaria sua liberalidade e misericórdia, ao distribuir com magnificência, fora de si, a plenitude dos infinitos tesouros encerrados na Divindade.
Sendo em tudo infinito, distribuir dons e graças lhe é muito mais natural que o fogo subir à sua esfera, a pedra descer ao centro e ao sol derramar sua luz. Este mar profundo de perfeições, esta abundância de tesouros, esta caudalosa infinidade de riquezas, tendem a comunicar-se por sua mesma inclinação.
Além disso, Deus sabia que abrindo aquele inesgotável manancial de riquezas, para comunicar dons e graças, não iria diminuí-lo, mas no modo possível aumentá-lo.
Deus é feliz em se dar
36. Tudo isto viu Deus naquele instante, depois da comunicação ad intra pelas eternas processões. Vendo-o, sentiu-se como obrigado, por amor a si mesmo, a comunicar-se ad extra, conhecendo ser santo, justo, misericordioso e piedoso assim fazer.
Ninguém o poderia impedir e conforme ao nosso modo de entender, podemos imaginar que Ele não se sentia tranqüilo nem em repouso em sua natureza, enquanto não estivesse entre as criaturas, com as quais tem suas delícias (Pr 8,13), ao fazê-las participantes de sua divindade e perfeições.
A infinita generosidade divina
37. Duas coisas neste conhecimento admiram, arrebatam, enternecem meu tíbio coração e o deixam aniquilado:
A primeira, aquela inclinação que vi em Deus e o ímpeto de sua vontade para comunicar sua divindade e os tesouros de sua glória.
A segunda, a imensidade inefável e incompreensível dos bens e dons que, compreendi, queria e reservava para distribuir, continuando infinito como se nada tivesse dado. Conheci nesta sua inclinação e grandeza, que estava disposto para santificar, justificar e encher de dons e perfeições a todas as criaturas reunidas e cada uma em particular.
Mesmo que as gotas do mar e sua areia, as estrelas, plantas, elementos e todas as criaturas irracionais fossem dotadas de razão e capazes de receber seus dons, dispondo-se sem apresentar óbice que os impedisse, teria dado a cada uma ainda mais do que receberam todos os santos, anjos e serafins juntos. Oh! terribilidade do pecado e sua malícia, tu somente bastas para impedir a impetuosa torrente de tantos bens eternos!
A glória de Deus, razão de suas obras - 2° instante
38. O segundo instante consistiu em conferir e decretar esta comunicação da Divindade por razões e motivos que redundassem na maior glória, exaltação e manifestação da grandeza de Sua Majestade ad extra. Esta exaltação de si mesmo, seu conhecimento, louvor e glória, foi o fim visado por Deus ao comunicar-se pela revelação, ao expandir seus atributos e ao usar de sua onipotência.
O Verbo encarnado, protótipo da natureza humana - 3° instante
39. O terceiro instante consistiu em conhecer e determinar a disposição ou modo desta comunicação, de forma que fosse realizada a suprema finalidade de tão grandiosa obra. Foi estabelecida a ordem que deveria haver nos objetos, e os diferentes modos de lhes comunicar a divindade e seus atributos, de sorte que aquela inclinação do Senhor tivesse digna razão, objetos proporcionados, e entre eles a mais bela e admirável disposição, harmonia e subordinação.
Neste instante foi determinado, em primeiro lugar, que o Verbo divino se encarnasse fazendo-se visível. Decretou-se a perfeita compleição da humanidade santíssima de Cristo, que assim ficou criada na mente divina, como tipo dos outros homens.
Para estes, em segundo lugar, projetou a divina mente a harmonia da natureza humana, composta de corpo orgânico, e alma espiritual. Esta com capacidade para conhecer e gozar de seu Criador, com discernimento entre o bem e o mal, e com vontade livre para amar ao Senhor.
A ordem na comunicação de Deus ad extra - União hipostática
40. Entendi que a união hipostática da segunda pessoa da SantíssimaTrindade com a natureza humana, forçosamente devia ser a primeira obra e objeto do entendimento e da vontade divina ad extra. Isto por altíssimas razões que tentarei explicar o quanto puder.
Depois de haver Deus se conhecido e amado em si mesmo, a melhor ordem era conhecer e amar ao que estava mais próximo à sua divindade: a união hipostática. Outra razão é porque a divindade devia comunicar-se substancialmente ad extra, assim como havia se comunicado ad intra. Deste modo. a intenção e vontade divina começaria suas obras pelo vértice de todas elas, e prosseguiria comunicando seus atributos com perfeitíssima ordem.
O fogo da divindade operaria primeiro, e quanto possível, no que se encontrava mais imediato a Ela, como era a união hipostática. Sua divindade seria comunicada em primeiro lugar, a quem houvesse de chegar ao mais alto e excelente grau, depois do mesmo Deus, no conhecimento, no amor, operações e glória de sua mesma deidade.
Não queria Deus, - ao nosso baixo modo de entender - correr o risco de não conseguir este fim, sendo Ele o único ser capaz de justificar tão maravilhosa obra e ter com ela adequada proporção. Se Deus queria criar muitas criaturas, também era conveniente e como necessário, criá-las com harmonia e subordinação, e que esta fosse a mais admirável e gloriosa possível.
De acordo com isto, deviam ter uma por cabeça suprema, quanto possível imediata e unida a Deus, e pela qual passassem todas as demais para chegar à divindade.
Por estas e outras razões que não posso explicar, somente o Verbo humanado pôde satisfazer à dignidade das obras de Deus. Por Ele estabeleceu-se perfeita ordem em a natureza, ordem que, sem Ele, haveria faltado.
Humanidade de Cristo - 4° instante
41. No quarto instante decretou os dons da graça que seriam dados à humanidade de Cristo Senhor nosso, unida à divindade. Aqui abriu o Altíssimo a mão de sua liberal onipotência e atributos, para enriquecer aquela santíssima humanidade e alma de Cristo com a plenitude de dons e graças, no máximo grau possível.
Neste instante foi determinado o que depois disse David (Ps 45,5): a correnteza do rio da divindade alegra a cidade de Deus. Dirigiu o caudal de seus dons a esta humanidade do Verbo. Comunicou-lhe toda a ciência infusa e beatífica, graça e glória que sua alma santíssima podia comportar, convenientes ao ser que era juntamente Deus e homem verdadeiro. Por esta razão, seria cabeça de todas as criaturas capazes de graça e glória. De sua plenitude é que receberiam esta graça e glória, como transbordamento da sua imensa torrente.
A Mãe de Deus
42. A este mesmo instante, consequentemente, e como em segundo lugar, pertence o decreto da predestinação da Mãe do Verbo humanado. Aqui compreendi, que esta pura criatura foi ordenada antes que houvesse decreto de criar qualquer outra coisa.
Deste modo, antes de todos, foi concebida na mente divina, na forma que convinha à dignidade, excelência e dons da humanidade de seu Filho santíssimo.
Com Ele, imediatamente encaminhou-se para Ela toda a correnteza do rio da divindade e seus atributos, quanto era capaz de o receber uma pura criatura, e do modo conveniente à dignidade de Mãe de Deus.
Sublimidade de Maria Santíssima
- 1.qualidade do que se aproxima do divino, do celestial."a s. da música de Bach"2.qualidade do que é perfeito, excelente; grandiosidade, excelência, perfeição."a s. de sua poesia"
Nesta admiração, eu poderia dizer o mesmo que São Dionísio Areopagita (S. Dion. in epist. ad Paulum): se a fé não me ensinasse, e a inteligência do que estou contemplando não me desse a conhecer que é Deus quem a está formando em sua idéia, e que somente sua onipotência podia e pôde formar tal imagem de sua divindade - se tudo não me fosse mostrado ao mesmo tempo - poderia supor que a Virgem Mãe tinha em si divindade.
Maria ultrapassa o resto da criação
44. Oh! quantas lágrimas correm de meus olhos, e que dolorosa admiração sente minha alma, ver que este digno prodígio não é conhecido e que esta maravilha do Altíssimo não se revele a todos os mortais!
Muito se sabe, mas muito mais se ignora, porque este livro selado não foi aberto. Fico estupefata ante o conhecimento deste tabernáculo de Deus.
Reconheço que seu Autor é mais admirável em sua formação, do que no resto de tudo o que é criado e inferior a esta Senhora, ainda que a diversidade de criaturas manifesta admirável mente o poder de seu Criador.
Somente nesta Rainha de todas, encerram-se mais tesouros que em todas juntas, e a variedade e preço de suas riquezas engrandecem mais seu Autor, do que todas as criaturas reunidas.
Tudo foi criado para Cristo e Maria
45. Aqui, a nosso modo de entender, foi prometida ao Verbo, como em contrato, a santidade, perfeição e dons de graça e glória daquela que seria sua Mãe.
Foi prevista a proteção, amparo e defesa para esta verdadeira cidade de Deus. Nela contemplou Sua Majestade as graças e merecimentos que o amor e a fidelidade desta Senhora haveria de adquirir para si e para seu povo.
Neste mesmo instante, e como em terceiro lugar, determinou Deus criar lugar onde o Verbo humanado e sua Mãe pudessem habitar e conviver. Para eles e por eles, em primeiro lugar, criou o céu e a terra com seus astros e elementos e quanto eles contêm. Secundariamente, foram destinados para os membros e vassalos dos quais Cristo seria cabeça e rei, pois com real previdência, todo o necessário e conveniente foi de antemão disposto e preparado.
Criação dos anjos: 5o instante
46. Passo ao 5o instante, ainda que já encontrei o que procurava. Neste, foi determinada a criação da natureza angélica que, por ser mais excelente e semelhante, no ser espiritual, à divindade, foi prevista e decretada antes dos homens. Foi também prevista a admirável disposição dos nove coros e três hierarquias.
Sendo criados, antes de tudo, para a glória de Deus, para conhecer, amar e servir sua divina grandeza, foram secundariamente ordenados para assistir, glorificar, honrar, reverenciar e servir à humanidade deificada no Verbo eterno, sua cabeça. Em seguida, fariam o mesmo por sua Mãe Santíssima, Rainha dos anjos.
A estes foi dada a incumbência de, em todos os caminhos, levarem a ambos em suas mãos (SI 90, 12).
Neste instante, mereceu-lhes Cristo Senhor nosso, com seus infinitos merecimentos atuais e previstos, toda a graça que receberiam. Seriam vassalos desta cabeça, modelo e supremo Rei. Mesmo que o número dos anjos fosse infinito, seriam suficientíssimos os méritos de Cristo para lhes merecer a graça.
Criação do paraíso e do inferno
47. A este instante pertence a predestinação dos bons anjos e reprovação dos maus. Conheceu Deus, com sua ciência infinita, todas as obras de uns e outros, para predestinar, com sua livre vontade e liberal misericórdia, aos que lhe haviam de obedecer e reverenciar. Pela justiça reprovava aos que se insurgiriam contra Sua Majestade, com a soberba e desobediência nascidas do desordenado amor próprio dos rebeldes.
No mesmo instante foi determinado criar: o céu empíreo, onde sua glória fosse revelada para recompensa dos bons; a terra e mais para outras criaturas; e, no centro e profundo dela, o inferno para castigo dos maus anjos.
Criação dos homens - 6o instante
48. No sexto instante foi determinado criar povo e sociedade de homens para Cristo, já antes predeterminado na mente e vontade divina, e a cuja imagem e semelhança se decretou a formação do homem. Assim, o Verbo humanado teria irmãos semelhantes e inferiores, formando povo de sua mesma natureza e do qual seria cabeça.
Neste instante, determinou-se a ordem da criação de todo gênero humano: tendo por origem um só homem e mulher, destes se propagariam até a Virgem e seu Filho pelo modo em que foi concebido.
Ordenou-se, pelos merecimentos de Cristo, nosso bem, a graça e dons que seriam dados aos homens, inclusive a justiça original, se nela quisessem perseverar.
Viu-se a queda de Adão e de todos nele, com exceção da Rainha, que não foi incluída neste decreto. Para seu remédio ordenou-se que fosse passível a humanidade santíssima. Foram escolhidos os predestinados, por liberal graça, e reprovados os proscritos por reta justiça.
Ordenou-se todo o necessário para a conservação da natureza, em ordem a conseguir sua redenção e predestinação.
Foi-lhe deixada a liberdade da vontade, porque isto era mais conforme à sua natureza e à eqüidade divina.
Não se lhes fez agravo, porque se pelo livre arbítrio poderiam pecar, com a graça e luz da razão poderiam não fazê-lo.
Deus a ninguém haveria de coagir, como tampouco a ninguém recusa o necessário.
Se gravou sua lei no coração humano (SI 4, 7) ninguém tem desculpa em não reconhecê-lo e amá-lo como ao sumo bem e autor de toda a criação.
Ingratidão humana
49. Na inteligência destes mistérios, eu conhecia, com grande clareza, os motivos tão justos para os mortais de louvar e adorar a grandeza do Criador e Redentor de todos, manifestando-se e enaltecendo-se nestas obras.
Por outro lado, também via quão negligentes são eles em conhecer esta obrigação, em agradecer tais benefícios, e a queixa e indignação que o Altíssimo sente por este esquecimento. Mandou-me e exortou-me Sua Majestade a não cometer tal ingratidão, mas oferecer-lhe sacrifício de louvor para glorificá-lo em nome de todas as criaturas.
50. Oh! Altíssimo e incompreensível Senhor meu, quem tivera o amor e perfeição de todos os anjos e justos para louvar dignamente tua grandeza!
Confesso, grande e poderoso Senhor, que esta vilíssima criatura não pôde merecer o tão inestimável benefício de receber esta luz tão clara sobre tua Majestade altíssima. Em tua visão conheço também a minha pequenez que antes desta ditosa hora ignorava. Não sabia o que era a virtude da humildade, que nesta ciência se aprende. Não quero dizer que agora a tenho, mas tampouco nego que conheci o caminho certo para achá-la.
Tua luz, ó Altíssimo, me iluminou e tua lâmpada me mostrou as sendas (SI 118,105) por onde vejo o que fui e o que sou, temendo o que possa vir a ser. Esclareceste, Rei Altíssimo, meu entendimento, e inflamaste minha vontade com o nobilíssimo objeto destas potências, e me sujeitaste inteiramente a teu querer.
Assim o quero confessar a todos os mortais, para esquecê-los e ser por eles esquecida. Sou para meu amado (Ct 2,16) e, ainda que o desmereço, meu amado é para mim. Fortalece, pois, Senhor a minha fraqueza para correr após teus perfumes, e correndo te alcance (Idem 1, 3) e te alcançando não te deixe nem te perca.
51. Muito pobre e balbuciante fui nesta capítulo, que poderia encher muitos livros. Calo, porque não sei falar, sou mulher ignorante e minha intenção só era declarar como a Virgem Mãe foi ideada e prevista ante saecula na mente divina(Eclo 24, 14).
Por tudo que entendi deste mistério altíssimo recolho-me interiormente, e com admiração e silêncio louvo o autor destas grandezas com o cântico dos bem aventurados, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor (Is 6, 3).
MEDITAÇÃO IMPORTANTE OUVIR ATÉ O FIM
COMENTARIO ADICIONAL:
PENSE DO POR QUE DEUS TER ENVIADO APARIÇÕES MARIANAS PARA CRIANÇAS? MILAGRES EUCARISTICOS E RENOVAÇÃO CARISMATICA? MISTICAS ALMAS VÍTIMAS MULHERES, DONAS DE CASAS, APARIÇOES MILAGROSAS A UM INDIO (GUADALUPE) PRA PROVAR PRA HUMANIDADE QUE ELE É QUEM GOVERNA ESSA IGREJA.
O QUE O FILHO DE DEUS PRATICOU EM SEU ÍNTIMO DO
INSTANTE DO NASCIMENTO ATÉ A CIRCUNCISÃO
Chegado o tempo determinado para meu nascimento. Sentia indizível aflição ao ver as incomodidades sofridas por minha dileta Mãe, porque meu Pai decretara que eu nascesse em tal pobreza que não encontrasse lugar para o primeiro aparecimento no mundo, e me fosse destinada vil cabana, abrigo de animais, privada completamente de todo o necessário para casos semelhantes.
Aceitei de boa vontade esta humilhação e extrema pobreza, como também o edito promulgado por César Augusto que, por disposição de meu Pai, foi publicado justamente no tempo em que eu devia vir ao mundo.
Por ocasião de tão grande humilhação para mim e tanto sofrimento para minha dileta Mãe pratiquei os atos seguintes.
Em primeiro lugar adorei as disposições divinas e sujeitei-me de bom grado às ordens do Pai, inteiramente pronto à cumprir sua vontade. Com isto me alegrava, porque meu Pai eterno assim ordenava. Mas, que aflição sofria intimamente, vendo minha Mãe andar errante, à procura de um teto, e todos lho recusarem! Já cansada e aflita pela longa viagem, não encontrar entre seus conhecidos, quem a albergasse, nem lhe oferecesse pequeno alívio! Não é tão fácil para a mente humana entender a pena causada por tal ingratidão! Sofria aflição pelo que me era feito;
muito mais, porém, pelo que sofria minha Mãe. Nesta situação supliquei ao Pai e ofereci-lhe a pena que experimentava em desagravo pelas ingratidões de meus irmãos para com ele. Enquanto sua bondade divina bate à porta de seus corações pedindo hospedagem, eles, com tanta dureza e ingratidão, lha negam, preferindo acolher o inimigo infernal a receber O Criador. Roguei-lhe que, por esta pena que sofri com tanta resignação a sua divina vontade, se dignasse continuar a pedir abrigo em seus corações, não cessasse jamais de fazê-lo, nem os abandonasse até que lhe dessem a posse total de seus corações; e aqueles que continuassem à expulsá-lo e a negar-lhe entrada, fossem em consequência punidos com o castigo devido a sua obstinação, isto é, não mais O encontrassem quando fossem procurá-lo; mas que tal castigo se prolongasse e não lhes fosse aplicado até O último instante da vida, e que a vida inteira continuassem a bater como, de fato, O fizeram minha Mãe e São José, seu esposo, que andaram batendo a todas as portas de Belém, não se cansaram, nem desistiram até declinar o dia; e os betlemitas, por lhes terem a negado entrada, foram privados de receber O Messias e não foram mais dignos de hospedá-lo em suas casas. Tal súplica agradou a meu Pai que à fazer, se mostrou pronto a fazer tudo o que lhe pedira, como, efetivamente, está fazendo. Jamais abandona o homem embora ele seja réu de culpas graves, mas sempre vai lhe falando ao coração : ¨abre-me¨ e declara estar sempre à porta do coração batendo: ¨Eis que estou em pé à porta e bato” (Apoc. 3:20).
DUREZA DOS BETLEMITAS.
Enquanto minha dileta Mãe ia assim em busca de abrigo, eu ia com o límpido olhar de minha alma fitando a obstinação e dureza daqueles corações ingratos. Todavia, meu Pai não deixou de inspirar-lhes ao coração que me dessem hospedagem; mas as inspirações não faziam impressão nesses corações tão inteiramente ocupados em cuidados mundanos. Supliquei a meu Pai se dignasse perdoa-lhes tanta ingratidão e dureza, tanto mais quanto desconheciam o segredo e o mistério oculto da minha vinda. Minha súplica agradou Meu Pai que a aceitou a e território rolos
perdoou-lhes tanta descortesia e fez-me nascer no território deles, mas não em suas moradas, por causa de minhas súplicas e para o cumprimento das promessas divinas. embora não o merecessem.
PEDE A BENÇÃO E O BENEPLÁCITO DO PAI.
Tendo entrado minha dileta Mãe naquela vil e abjeta gruta, adorou e agradeceu ao Pai eterno e exaltou suas admiráveis disposições. Enquanto eu, esposa caríssima, estava prestes a vir à luz e deixar as trevas do útero virginal, considerando tanta miséria e pobreza, vendo-me rejeitado por todos e obrigado a nascer em vil estábulo, todo aflito e queixoso da ingratidão de meu povo, disse a meu Pai antes de nascer: “Eis, Pai muito amado, chegada a hora de meu nascimento! Por isso, vos suplico que antes de vir à luz, queirais dar-me licença para isso e abençoar minha alma que criastes e unistes ao Verbo eterno para vossa grande glória e para resgatar o mundo. Abençoai esta minha humanidade que foi de vosso agrado criar com as mais puras gotas de sangue de minha querida Mãe, por obra do Espírito Santo. Dignastes-vos unir a natureza divina a esta humanidade que lhe destes por habitação perpétua e inseparável! Abençoai todos os movimentos desta humanidade unida ao Verbo! Abençoai todos os sofrimentos que experimentará, todas as operações que executará para vossa maior glória e para a salvação do gênero humano! Declaro em vossa presença, que de mim é inseparável, ó dileto Pai, que não quero respirar, nem dar um passo, dizer uma palavra, erguer um olho senão conforme ao vosso divino beneplácito e sua maior glória e honra. Vedes, Pai amantissimo, a hospedagem que o mundo prepara para meu nascimento! Vedes a ingratidão de meus irmãos! Por isso, rogo-vos, dileto Pai, que vos digneis, em troca desta ingratidão, preparar para eles a bem-aventurança eterna no seu natal da vida mortal à eterna. Desejo e tenciono adquirir-lhes essa bem aventurança por meio da Paixão e morte dolorosa. Acolhei, dileto Pai o amor e a boa vontade que dedico a meus irmãos e ao abençoar-me, abençoai também a todos os que me imitarem e seguirem-me os passos
os para com todos um Pai amoroso!”
HOJE A MEDITAÇÃO TÁ SOL
Vol 32 6 de março de 1933 - ensino extra
Pequenez na vontade divina. Como as obras maiores, Deus as faz de graça. Exemplo [Eu sou] sua Criação e Redenção, [e] assim será [o] Reino da Vontade Divina. Na Encarnação, os céus são reduzidos.
Sinto-me sitiada, investida pela luz da Vontade Eterna. Minha pequenez é tanto que, com medo de mim mesma, não faço nada além de me esconder cada vez mais nesta sala de estar celestial. Oh, como eu adoraria destruir essa minha pequenez, para não sentir nada além da Vontade Divina! Mas eu entendo que não posso, nem Jesus quer que seja completamente destruída, mas ele quer que seja pequena, mas viva, capaz de operar dentro de um desejo vivo e morto-vivo, de poder ter seu pequeno campo de ação em minha pequenez, que, sendo pequena, lerda, fraca, com razão deve prestar-se a receber a grande obra da Divina Fiat. Agora, nesta sala, às vezes tudo é silencioso, pacífico, com uma serenidade que nem sequer um sopro de vento pode ser ouvido, outras vezes sopra uma leve brisa, que esfria e fortalece, e o habitante celestial Jesus se move, se revela, e com todo o amor fala de seu palácio e do que ele fez e faz sua vontade amável e adorável. Então minha querida Vida, revelando, me disse:
“Minha filhinha da minha vontade, você deve saber que a pequenez da criatura nos serve como um espaço onde podemos formar nossas obras, ela nos serve como o nada da Criação e, porque nada, chamamos nossas obras à vida dentro dela de forma linda; queremos que essa pequenez seja vazia de tudo o que não nos pertence, mas viva, para que possa sentir o quanto a amamos e a vida das obras de nossa Vontade que joga nela. Portanto, você deve se contentar em permanecer viva sem ser sua amante, uma vez que este é o grande sacrifício e heroísmo de quem vive da Vontade Divina: sentir-se vivo ao sofrer o domínio divino, para que ele faça o que quer, como quer, quanto quer; este é o sacrifício de sacrifícios, o heroísmo dos heroísmos. Você acha que dificilmente sente a vida de sua própria vontade, para que ela não sirva a si mesma, como se não tivesse o direito, de voluntariamente perder sua liberdade, de servir à minha vontade, concedendo-lhe seus direitos legítimos? "
Jesus ficou calado, então, como se estivesse lendo em minha alma algumas das minhas dúvidas sobre a vontade divina, acrescentou:
“Minha filha, os maiores trabalhos realizados pelo nosso Supremo foram feitos de graça, independentemente de as criaturas o merecerem ou nos contarem; se cuidássemos disso, seria melhor amarrarmos os braços e não realizarmos mais obras, e se criaturas ingratas não nos glorificarem, também não teríamos o bem de nos tornar glorificados e louvados por nossas próprias obras. Ah não, não! Uma de nossas obras nos glorifica mais do que todas as obras que saíram juntas de todas as gerações humanas! Um ato de nossa vontade realizado preenche o Céu e a Terra, e com sua virtude, poder regenerativo e comunicativo, regenera-nos tanta glória que nunca acaba e que [para] as criaturas, assim que lhes são dadas as gotas para entender!
De fato, que mérito o homem tinha: que criamos o céu, o sol e todo o resto? Ele ainda não existia, nada poderia nos dizer; de modo que a Criação foi uma grande obra de maravilhosa magnificência, tudo livre de Deus. E a Redenção, você acredita que o homem a mereceu? De modo nenhum! foi tudo de graça; e se ele orou para nós, foi porque fizemos a promessa do futuro Redentor: não foi ele quem foi o primeiro a nos dizer, mas Nós: foi nosso decreto totalmente gratuito que a Palavra deveria levar a carne humana, e isso foi realizado quando o pecado, a ingratidão humana galopou. e inundou a terra inteira, e se alguma coisa parece ter feito, eram apenas gotículas que não seriam suficientes para merecer uma obra tão grande que dá o incrível: que um Deus se faça como homem para salvá-lo, é aquele7além disso, ela o ofendera tanto!
Agora, a grande obra de tornar conhecida minha vontade para que ela possa reinar no meio das criaturas será nossa obra totalmente livre; e isso é engano: eles acreditam que haverá mérito e parte de criaturas. Ah, sim, haverá, como as gotículas dos judeus, quando eu vim resgatá-los, mas a criatura é sempre uma criatura! Então haverá nossa parte completamente livre, que, abundante em luz, graça, amor, a sobrecarregaremos para que ela sinta força nunca sentida, amor nunca sentido, sinta nossa vida viva em sua alma mais viva, tanto que será bom para ela dominar nossa vontade. Essa nossa vida ainda existe na alma, nos foi dada no início de sua criação, mas é tão reprimida e oculta que é como se não a mantivesse; é como o fogo sob as cinzas que, coberto e como se esmagado por baixo, não faz sentir o benefício da vida do seu calor. Mas suponha um vento forte: as cinzas fogem do fogo e tornam sua vida vista e sentida. Assim, o vento vigoroso da luz do meu Fiat afastará os males, as paixões, que como cinzas escondem a vida divina neles, e, sentindo-os vivos, terão vergonha de não deixar nossa Vontade dominar. Minha filha, o tempo dirá tudo, e quem não acreditar ficará confuso. " e sentindo-o vivo, eles terão vergonha de não fazer nossa Vontade dominar. Minha filha, o tempo dirá tudo, e quem não acreditar ficará confuso. " e sentindo-o vivo, eles terão vergonha de não fazer nossa Vontade dominar. Minha filha, o tempo dirá tudo, e quem não acreditar ficará confuso. "
Depois disso, segui a Vontade Divina na Encarnação da Palavra, para fazer meu amor, minha adoração e ação de graças correrem neste ato tão solene e cheio de ternura e amor excessivo, que o Céu e a Terra estão tremendo e eles permanecem calados, sem encontrar palavras dignas de elogiar um excesso tão surpreendente de amor. E meu doce Jesus com uma ternura de partir o coração me disse:
“Querida filha, na minha Encarnação, foi tanto amor que os Céus caíram e a terra se levantou. Se os céus não fossem abaixados, a terra não tinha virtude de subir; era o Céu do nosso Corpo Supremo que, tomado por um excesso de amor, o maior nunca ouvido, se abaixou, beijou a terra, elevou-a para Si Mesmo e formou as vestes da minha Humanidade para se cobrir, se esconder, se identificar, se unir. , criar vida comum com ele e, formando não um único excesso de amor, mas uma cadeia de excessos contínuos, restringi minha imensidão no pequeno círculo da minha Humanidade. Para mim, poder, imensidão, fortaleza era natureza, e não usá-la
Não teria me custado nada; O que me custou foi que, na minha humanidade, tive que restringir minha imensidão e permanecer como se não tivesse poder nem força, enquanto eles já estavam comigo e inseparáveis de mim; e eu tive que me adaptar aos pequenos atos da minha humanidade, e apenas por amor, não porque não consegui. Então eu entrei em todos os atos humanos para elevá-los e dar-lhes a forma e a ordem divina. Fazendo sua vontade, o homem fez o caminho e a ordem divinos dentro de si, e minha divindade coberta pela minha humanidade passou a refazer o que havia destruído; alguém pode dar um amor maior a uma criatura tão ingrata? "
18 de abril de 1917 *O derramamento na Vontade Divina e a fusão em Jesus, forma orvalho benéfico em todas as criaturas.*
Eu estava derretendo em meu doce Jesus para poder espalhar-se em todas as criaturas e fundi-las todas em Jesus; e me joguei no meio das criaturas e de Jesus, para impedir que meu amado Jesus fosse ofendido e que as criaturas pudessem ofendê-lo. Agora, enquanto eu fazia isso, Ele me disse: “Minha filha, enquanto você se derrama em minha Vontade e se encontra em Mim, então um sol se forma em você; À medida que você pensa, amando, reparando, etc., os raios são formados, e minha Vontade como pano de fundo, as coroas desses raios são formadas e o sol é formado, que nasce no ar que se dissolve no ar e se transforma em orvalho benéfico para todas as criaturas.
Assim, quanto mais vezes você se encontra em Mim, mais sóis você forma! Oh, como é bonito ver esses sóis, que nascem, permanecem cercados pelo meu próprio sol e chovem orvalho benéfico sobre todos! Quantas graças as criaturas não recebem? Estou tão empolgado com isso que, à medida que se fundem, choro sobre eles abundante orvalho de todos os tipos de graças, para que possam formar sóis maiores, para que possam mais abundantemente [mente] derramar sobre todo o orvalho benéfico " . E enquanto isso se derreteu, e senti seu leve amor a cair na minha cabeça.
28 de junho de 1921 *As almas que vivem na Vontade Divina, o que Deus lhes faz. O verdadeiro reinado não deve ser excluído de nada criado por Deus:*
Eu estava me derramando na Vontade Divina, e meu doce Jesus me disse: “Minha filha, as almas que vivem na minha Vontade são a reverberação de todos e de tudo e, como refletem em tudo, consequentemente recebem a reverberação de todos; e como minha vontade é vida de tudo, na minha vontade elas correm para dar vida a tudo, para que coisas inanimadas e vegetais também recebam seus reflexos e recebam o reflexo de toda a criação; eles se harmonizam entre todas as coisas criadas por Mim, na minha vontade dão a todos, são amigos e irmãs com todos e recebem amor e glória de todos.
Minha vontade me torna inseparável deles e, portanto, o que eu faço eles fazem; minha Vontade não sabe fazer coisas diferentes de Mim. O reino da minha Vontade é reinar, portanto são todas rainhas; mas o verdadeiro reinado não deve ser excluído de nada criado por Mim ”.
1º de março de 1922: *Como Jesus permanece acorrentado pela alma que faz sua vontade, e a alma por Jesus.*
Fiquei muito aflita pela privação de meu doce Jesus; de onde, depois de muita dificuldade, Ele veio e, de suas feridas, fez seu sangue fluir no meu peito, ao redor do meu pescoço, e quando essas gotas de sangue caíram sobre mim, elas formaram como muitos rubis muito brilhantes, que formaram a mais bela das ornamentos, e Jesus olhou para mim e disse: "_Minha filha, quão bom é o colar do meu sangue, como ele o embeleza, olha, olha para si mesmo, como a faz bonita_". E eu, um pouco carrancuda porque me fez esperar tanto tempo, eu disse: "Meu amor e minha vida, oh, o quanto eu adoraria ter seu braço apertado no meu pescoço! Isso me agradaria, porque sentiria a vida, e nunca deixaria você fugir. Suas coisas, é verdade, são lindas, mas quando você as separa de você, eu não te encontro, não encontro vida, e apesar de suas coisas, meu coração se entusiasma, anseia, sangra de dor, porque você não está comigo. Ah, se você soubesse em que tortura você me coloca quando não vêm, seria muito cuidadoso em me fazer esperar tanto tempo! "
E Jesus com ternura cercou meu pescoço com o braço, segurando minha mão na Dele e me acrescentou: "_Eu sei, eu sei o quanto você sofre, e para contê-la aqui, é meu braço como um colar em volta do seu pescoço, você não está agora feliz? Saibam que quem faz a minha vontade, não posso deixar de satisfazê-la, porque, assim que respira, forma o ar da minha vontade ao meu redor, para que não apenas cinja meu pescoço, mas por toda a minha vida, permaneço acorrentado e preso pela alma na mesma fortaleza da minha vontade; mas isso, longe de me desagradar, ou melhor, pelo grande contentamento que sinto, eu a amarro e amarro, e se você não sabe ficar sem mim, são minhas correntes, meus toques que te abraçam com tanta força, que apenas um momento sem Mim, que vos dou o martírio dos mais dolorosos, para que não haja igual. Pobre filha, pobre filha, você está certa; Vou levar tudo em consideração, mas não vou deixar você, pelo contrário, me fecho em você para aproveitar o ar da minha vontade, antes que você me forme, porque o ar da minha vontade é o seu batimento cardíaco, o seu pensamento, seu desejo, seu movimento, e neste ar encontrarei minha colina, minha defesa e o mais belo descanso em seu peito_ ".
2 de janeiro de 1923 *Prodígios do Fiat Divino no grande vazio da alma.*
Eu estava orando e me abandonando inteiramente nos braços da Santíssima Vontade de Deus, e meu sempre amável Jesus, saindo do meu interior e me dando a mão, me disse: “_Minha filha, junte-se a mim e olhe para o grande vazio que existe entre o Céu e terra. Esse grande vazio, antes que meu Fiat falasse, era horrível de se ver, tudo era desordem, não havia divisão de terra ou água, nem de montanhas, era uma massa assustadora. Assim que meu Fiat pronunciou, tudo rolou, tremendo um ao outro e cada um tomou o seu lugar, permanecendo todos ordenados com a marca do meu Eterno Fiat, e eles não podem se mover se meu Fiat não quiser. A terra não se assusta mais, ao contrário, ao ver a vastidão dos mares, suas águas não são mais lamacentas, mas cristalinas, seu doce murmúrio, como se as águas fossem vozes que silenciosamente se comunicavam, suas ondas estrondosas que às vezes sobem tão alto que montanhas de água aparecem e caem no mesmo mar, quanta beleza não contém? Quanta ordem e quanta atenção as criaturas não recebem? E então, toda a terra verde e florida, quanta variedade de beleza ela não contém?
No entanto, ainda não havia nada, o vazio não estava completamente preenchido. E enquanto meu Fiat pairava sobre a terra e dividia as coisas e ordenava a terra, assim, pairando, ele esticou os céus, adornou-os com estrelas e, para preencher o vazio da escuridão, criou o sol, que fugia do céu a escuridão encheu esse grande vazio de luz e enfatizou toda a beleza de toda a criação, quem foi a causa de tanto bem? Meu todo-poderoso Fiat; mas este Fiat queria o vazio para criar esta máquina do universo. Agora, minha filha, você vê esse grande vazio em que eu criei tantas coisas? Ainda assim, o vazio da alma é ainda maior. Isso era para servir como o lar do homem, o vazio da alma era o lar de um Deus. Eu não tive que pronunciar meu Fiat por seis dias como na criação do universo, mas por quantos dias ele contém a vida do homem, e quantas vezes, deixando de lado a vontade dele, faz com que a minha funcione. Portanto, como meu Fiat teve que fazer mais coisas do que na Criação, foi preciso mais espaço.
Mas você sabe quem Me dá o campo livre para preencher esse grande vazio da alma? Quem mora na minha vontade. Meu Fiat é dito repetidamente: todo pensamento é acompanhado pelo poder do meu Fiat, e oh, quantas estrelas adornam o céu da inteligência da alma! Suas ações são seguidas pelo meu Fiat, e oh, quantos sóis surgem nela! Suas palavras investidas pelo meu Fiat são mais doces que o murmúrio das águas do mar, onde [nelas] o mar de minhas graças fluem para preencher esse grande vazio, e meu Fiat se deleita em formar as ondas que atingem o mar, além do céu, e eles descem mais fortemente sobre ele, para ampliar o mar da alma. Meu Fiat sopra em seu coração, e seus batimentos cardíacos formam fogos de amor; meu Fiat não deixa nada, investe todo carinho, tendências, desejos e forma as mais belas flores. Quantas coisas meu Fiat não funciona neste grande vazio da alma que vive na minha vontade? Oh, como permanece por trás de toda a máquina do universo!
Os céus surpreendem e olham para o onipotente tremor do Fiat, operando na vontade da criatura, e se sentem duplamente felizes sempre que esse Fiat age e renova seu poder criativo. Portanto, todos são cuidadosos ao meu redor, para ver quando meu Fiat é pronunciado, para coletar sua dupla glória e felicidade. Oh, se todos soubessem o poder do meu Fiat, o grande bem que ele contém, todos se entregariam às garras da minha onipotente vontade! No entanto, há para chorar! Quantas almas, com esses grandes vazios em seu seio, são piores que o grande vazio do universo antes que meu Fiat fosse pronunciado! Não pairando sobre meu Fiat, tudo é desordem; a escuridão é tão densa que causa horror e medo; há um aglomerado, está tudo junto, nada está no lugar; o trabalho da Criação é confuso neles, porque apenas meu Fiat é ordem, a vontade humana é desordem. Portanto, filha da minha vontade, se você quer ordem em você, faça do meu Fiat a vida de tudo em você, e você Me dará o grande contentamento que meu Fiat pode desdobrar, divulgando as maravilhas e os bens que ele contém._".
Naquela manhã, meu doce Jesus se viu de uma maneira maravilhosa. Ele estava em pé no meu coração, colocou duas hastes sobre as quais havia formado um arco e no meio fixou uma roda com duas cordas, uma à direita e outra à direita outro à esquerda, pendurando um balde; e Jesus apressadamente baixou o balde no meu coração, puxou-o cheio de água e derramou-o no mundo; ele puxou e derramou para inundar a terra. Foi um prazer ver Jesus como Ele ofegava, pingando suor do esforço que fazia para puxar tanta água; de onde pensei: “Como vem tanta água dentro do meu coração, enquanto é tão pequeno? E quando você colocou?"
De onde o abençoado Jesus me fez entender que todo aquele artifício não era outro senão a sua vontade, que com tanta bondade havia trabalhado em mim; as águas que subiram, eram todos os ditos e ensinamentos - que, como em armazenamento que Ele havia colocado em meu coração - em sua adorável Vontade, que mais do que água, querendo regar a Igreja para dar a ela o conhecimento de sua Vontade, a Ele levantou para fazer acontecer como Ele quer. Por isso, Ele me disse:
“_Minha filha, assim eu fiz na Encarnação: primeiro eu depositei em minha querida Mãe todos os bens que eram convenientes para descer do céu na terra, então eu encarnei e fiz [nela] o depósito de minha mesma vida. Esse depósito veio da minha mãe como a vida de todos. Então será da minha vontade. É necessário que o depósito dos bens, efeitos, maravilhas, conhecimento que ela contém; depois de fazer o depósito em você, Ela irá embora e se entregará às outras criaturas. Então, veja, tudo está preparado, o depósito está quase pronto, o que resta é organizar os primeiros para torná-la conhecida, para que não fique sem seus frutos_".
25 de julho de 1924 *A santidade na vontade divina deve ser um ato contínuo. Deus está procurando almas que querem viver na Vontade Divina, para colocar todas as almas em seus braços.*
Esta manhã, meu doce Jesus se fez ver em meu interior, no ato de estender os braços em forma de cruz, e eu fiquei esticada junto com Ele; e então Ele me disse: “_Minha filha, o último ato da minha vida foi deitar na cruz e ficar lá, até eu morrer, com os braços abertos, sem poder mover ou se opor ao que eles queriam fazer comigo. Eu era, eu, o verdadeiro retrato, a imagem viva de alguém que vive não pela vontade humana, mas na Divina. Que eu não podia me mexer nem me opor, que tendo me perdido completamente, a tensão horrível dos meus braços, quantas coisas eles disseram! E enquanto eu estava perdendo meus direitos, os outros fizeram compras da minha vida. O primeiro direito era a Vontade Suprema, que ao fazer uso de sua imensidão e visão de todos, pegou todas as almas, inocentes e pecadoras, boas e santas, e as colocou em meus braços estendidos, para que eu as trouxesse ao Céu, e não recusei ninguém, de modo que em meus braços a vontade divina deu lugar a todos.
De onde a Vontade Suprema é um ato contínuo, nunca interrompido, e o que faz uma vez nunca a interrompe, e embora minha Humanidade esteja no Céu e não esteja sujeita a sofrimento, ela encontra almas que não se movem na vontade humana, mas na Divina, nem se opõem a nada, que perdem todo o seu direito, de modo que, sendo todo seu, o direito continua. Seu ato de colocar nos braços daqueles que se prestam a relaxar em minha Vontade todas as almas, pecadores e santos, inocentes e maus, para que eles repitam e continuem o que meus braços estenderam na cruz. É por isso que estou deitado dentro de você, para que a Vontade Suprema continue seu ato de me carregar em todos os meus braços. A santidade não é formada por um único ato, mas por muitos atos unidos. Um único ato não forma nem santidade nem perversidade, porque faltando a continuação dos atos, faltam as cores e os tons vivos da santidade, e na falta deles, não se pode dar um peso e um valor justo nem à santidade nem à perversidade.
Então, o que nos faz brilhar e selar a santidade são as boas ações continuadas. Ninguém pode dizer que ele é rico porque é dono de um centavo, mas é dono de grandes propriedades, vilas, palácios etc., etc. O mesmo acontece com a santidade; e se a santidade precisa de muitos bons atos, sacrifícios, heroísmo, mas [no entanto] também pode estar sujeita a vazios, a intervalos, a santidade em minha vontade não está sujeita a fases intermitentes, mas deve estar associada a esse ato contínuo da Vontade Eterna que nunca, nunca pára, mas é sempre agente, sempre operando, sempre triunfante, que sempre ama e nunca pára. De modo que a santidade em minha vontade carrega na alma a marca do trabalho de seu Criador, qual é o seu amor contínuo, a conservação contínua de todas as coisas criadas por ele nunca muda e é imutável. Quem está sujeito a mudanças pertence à terra e não ao céu; mudança é da vontade humana, não da Divina; interromper o bem é da criatura, não do Criador; portanto, tudo isso seria impróprio para a santidade de viver em minha vontade, porque contém o uniforme, a imagem da santidade de seu Criador. Portanto, esteja atenta, deixe todos os direitos à Vontade Suprema, e eu irei formar em você a santidade de viver na minha Vontade_”.
1 de outubro de 1925 *A Vontade Divina estava no centro da Humanidade de Nosso Senhor, e quem vive nele vive neste centro.*
De acordo com meu costume, eu estava acompanhando as dores da Paixão de meu doce Jesus, e ofereci a mesma privação, a tortura que me causou, como prova de meu amor doloroso, por seu alívio e pena por suas dores. Agora, enquanto eu fazia isso, meu bem amado moveu um braço em meu interior, levantando a mão direita, correndo correntes de sangue e luz dos dedos em minha pobre alma, que foi murcha e queimada pelo poderoso hálito Dele por causa da sua privação, e com tanta tristeza que o próprio Jesus foi abalado e abrandado, por compaixão e querendo me elevar, Ele disse:
“_Minha filha, coragem, não tenha medo, quem vive na minha vontade está no centro da minha humanidade, porque a vontade divina está em Mim como o sol em sua esfera, que apesar dos raios invadirem a terra, nunca começa do alto, do centro, sempre circula em sua esfera, em seu majestoso trono, e enquanto sua luz viaja por toda parte, dominando tudo, tudo serve como um banquinho, esperando toda a sua luz benéfica. Assim foi a Vontade Divina em Mim, como o centro na esfera da minha Humanidade, e da minha esfera a luz partiu para todos e em toda parte. Este foi o primeiro ato do homem, a rejeitar minha Vontade Suprema; portanto, foi conveniente para minha Humanidade dar o primeiro passo em direção a ela, centralizando em Mim como o centro da vida essa Vontade Eterna, e através da minha vida, de minhas obras e dor, trazê-la de volta ao homem, para que ele pudesse retornar ao seu Criador, colocando-se na ordem pelo qual ele foi criado.
Veja, portanto, minha filha, que a alma que vive na minha vontade está no centro da minha humanidade, e tudo o que fiz e pacientemente está ao seu redor e em sua ajuda: se fraca, ela administra minha fortaleza para ela; se sombreada, meu sangue a lava e embeleza, minhas orações a apóiam, meus braços a seguram com força e a cobrem com minhas obras; em resumo, tudo está em sua defesa e ajuda. Portanto, o pensamento de minhas dores é tão conatural em você, porque, vivendo em minha vontade, elas o cercam como muitas nuvens de luz e graça. Minha Vontade, na esfera da minha Humanidade, colocou minhas obras, meus passos, minhas palavras, meu Sangue, minhas feridas, minhas dores e tudo o que fiz para chamar o homem e dar-lhe ajuda e meios suficientes para salvá-lo e fazê-lo voltar novamente ao seio da minha vontade. Se apenas o meu testamento quisesse sair para o campo para ligar para o homem, ele ficaria assustado; ao invés disso, eu queria chamá-lo com tudo o que fiz e me acostumei, como tantas tentações, estímulos e incentivos e meios de fazê-lo voltar aos meus braços, de modo que tudo o que fiz e acostumei é o portador do homem para Deus. Agora, quem mora no meu Fiat, vivendo no centro da minha Humanidade, pega todos os frutos de tudo o que fiz e pacientemente, e entra na ordem da Criação, e minha Vontade realiza nele o propósito completo para o qual foi criado. Outros, então, que não vivem na minha vontade, encontram os meios para se salvar, mas não desfrutam de todos os frutos da redenção e da criação_".
Agora, enquanto isso dizia meu amado Jesus, eu disse a Ele: “Meu amor, eu não sei, você me diz que eu vivo na sua vontade e então você me deixa? Ah, que duro martírio você me submete! Quando você me deixa, tudo muda para mim, eu mesmo não me reconheço, tudo morre para mim: luz, amor, bom morrer. Você é o único que mantém o ritmo da vida em minha pobre alma; como você sai e me deixa, então tudo morre. Veja, portanto, em que condições difíceis e dolorosas você me deixa. Tem piedade de mim e não me deixa mais, para que não possa mais". E enquanto eu queria dizer mais, um suspiro de Jesus acrescentou:
"_Minha filha, fique quieta, não vá mais longe, suas palavras magoam meu coração. Oh! Como eu gostaria de remover do seu coração este espinho com tanta força que eu deixo você, que eu poderia deixar você! Sei também que, para quem me ama, esse espinho é insuportável, constantemente a mata sem piedade; portanto, você rejeita o pensamento de que eu poderia deixar você. Em vez de deixar você, você deve estar convencida de que eu vou mais fundo em você e mantenha o silêncio na espaçonave de sua alma; tanto é verdade que nada se move em você, os preparativos que estavam lá estão todos em ordem; tanto que é verdade que basta que minha vontade o queira, dou uma pequena olhada nos preparativos que estão lá, e eles já estão com você. E então, como posso deixar você? Para aqueles que fazem a minha vontade e vivem nela, mantenha intactos os laços de criação que existem entre o Criador e as criaturas, os laços da redenção e os laços entre o santificador e os santificadores. Minha vontade sela todos esses laços e torna-o indivisível para mim; portanto, tenha certeza de que seu Jesus não a deixará_". Agora, quando Ele disse isso, vi quantos fios de luz ligados ao meu coração, que alguns estavam ligados a todas as coisas criadas, outros fios de luz vieram de tudo o que Jesus havia feito e sofrido, outros dos sacramentos. Que tudo seja para a glória de Deus e para o bem da minha alma e de todas as almas. Amém.
28 de fevereiro de 1926 Sempre que a alma se descuida, perde um ato na Vontade Divina. O que significa perder esse ato.
Continuei com meus medos habituais, e meu sempre amável Jesus, fazendo-se ver, todo bondade me dizia: “Minha filha, não perca tempo, porque sempre que você se descuida é um ato que você perde na minha vontade e se você sabe o que significa perder um ato na minha vontade? Você perde um ato divino, que abraça tudo e todos e que contém todos os bens que estão no céu e na terra, muito mais do que minha vontade é um ato contínuo que nunca pára em seu curso e nem pode, então te espero quando você parar com seus medos; é melhor você segui-lo em seu curso contínuo, em vez de esperar por você quando começar a segui-lo.
E não apenas você perde seu tempo, mas desde que você tem que pacificar e levantar-se de seus medos para fugir da minha vontade, Me compele a lidar com coisas que não dizem respeito à Vontade Suprema, e seu próprio Anjo que está perto de você permanece em jejum, porque cada ato que você pratica Nela e como você segue seu curso é uma felicidade acidental mais do que ele gosta de ser, perto de você, é um paraíso duplicado de alegrias que você oferece a ele, para que ele se sinta feliz com o destino de ter você sob sua custódia, e como as alegrias do Céu são comuns, seu anjo oferece a felicidade acidental que recebeu de você, seu paraíso duplicado, para toda a Corte Celestial, como fruto da Vontade Divina de seu protegido. Todos celebram, magnificam e louvam o poder, a santidade, a imensidão da minha vontade. Portanto, esteja atenta, na minha vontade não se pode perder tempo, há muito o que fazer, é apropriado que você siga o ato de um Deus nunca o interrompendo. Tendo dito isso, Ele desapareceu e eu fiquei preocupada em ver o mal que fiz, e eu disse a mim mesma: "Como é possível que, ao me colocar na Vontade Divina, esqueci tudo Eu permaneço como se nada mais existisse para mim, mas apenas a Vontade Eterna, participo de tudo que contém essa Vontade amável? " E voltando, Jesus acrescentou:
“_Minha filha, quem nasceu na minha vontade, tem razão em conhecer os segredos que ela contém; então, a coisa em si é muito fácil e conatural. Suponha que você se mude para uma casa, ou por um curto período de tempo ou para sempre, em que haja boa música, um ar perfumado, para o qual você possa respirar uma nova vida, é claro que você não colocou essa música ou aquele ar balsâmico, mas como você está naquela casa e não é sua, você desfruta da música e do ar perfumado que regenera os pontos fortes de uma nova vida; acrescente que aquela casa contém pinturas encantadoras, coisas bonitas que sequestram, jardins que você nunca viu, de tantas plantas e flores variadas que é impossível numerar todas elas, almoços requintados que você nunca provou. Oh, como você se recria, se deleita e gosta de ver tantas belezas, saboreando comidas tão saborosas; mas nada é feito ou feito por você, mas você participa de tudo apenas porque está naquela casa.
Agora, se isso acontece na ordem natural, muito mais fácil pode acontecer na ordem sobrenatural da minha vontade. A alma, ao entrar nela, forma um único ato com a Vontade Divina e, como conatural, participa do que faz e contém. Muito mais que a alma para viver em minha Vontade, primeiro ela é despida das roupas do velho e culpado Adão e vestida com as roupas do novo e santo Adão; sua roupa é a luz da própria vontade suprema, na qual todos os seus modos divinos, nobres e comunicativos são comunicados a todos. Essa luz a faz perder suas características humanas e devolve a fisionomia de seu Criador. Que maravilha, então, que ela participe de tudo o que a Vontade Divina possui, sendo uma vida e uma Vontade? Portanto, esteja atenta, recomendo-lhe, seja fiel a mim e seu Jesus manterá a linha para fazer você viver sempre na minha vontade, estarei vigilante para que nunca possa sair dela".
26 de setembro de 1926 *A palavra única 'Vontade de Deus' contém um prodígio eterno e como tudo é convertido em amor e oração.*
Eu me senti totalmente imersa na Vontade Suprema e minha pobre mente estava pensando nos muitos efeitos maravilhosos que ela produz, e meu sempre amável Jesus me disse: “_Minha filha, a única palavra 'Vontade de Deus', contém um portento eterno que não há quem consiga igualá-lo; é uma palavra que abraça tudo, céu e terra. Este Fiat contém a fonte criativa, e não há nada de bom que não possa sair. Então, quem possui minha vontade, em virtude disso, adquire com direito todos os bens que este Fiat possui. Portanto, Ele adquire o direito à semelhança de seu Criador, adquire o direito à Divina Santidade, à sua Bondade, ao seu Amor; com direito o céu e a terra são dela porque tudo tinha existência a partir deste Fiat, com razão seus direitos se estendem em tudo. Para que o maior presente, a maior graça que eu possa fazer à criatura, seja dar-lhe minha Vontade, porque com Ela todos os bens possíveis e imagináveis estão amarrados e com retidão, porque tudo pertence a Ela_”.
Então, depois, meu doce Jesus mostrou-se saindo de dentro de mim e olhando para mim, mas fixou seus olhos em mim, como se quisesse se pintar, impressionar-se em minha pobre alma, e eu, vendo isso, disse: "Meu amor, Jesus, tenha piedade de mim, você não vê como eu sou feia, sua privação nos dias de hoje me deixou ainda mais feia; sinto que não sou boa em fazer nada; as mesmas reviravoltas em sua vontade são difíceis para mim. Oh! Como me sinto mal! Sua privação é para mim como um fogo consumidor que queima tudo, tira minha vida de fazer o bem; só sua adorável vontade me deixa que, ao me ligar inteiramente a Ela, me faz querer nada mais que seu Fiat, nem ver nem tocar em nada além de sua SS. Vontade". E, seguindo o que disse, Jesus acrescentou:
“_Minha filha, onde está minha vontade, tudo é santidade, tudo é amor, tudo é oração; de modo que sendo sua fonte [em você] seus pensamentos, sua aparência, suas palavras, seus batimentos cardíacos e também seus movimentos, tudo, são amor e orações. Não é a forma das palavras que forma a oração; não, é minha Vontade operacional que, dominando todo o seu ser, a forma de seus pensamentos, palavras, olhares, batimentos cardíacos e movimentos, muitas fontes que surgem da Vontade Suprema e subindo ao Céu, em sua linguagem silenciosa, aqueles que rezam, aqueles que amam, aqueles que amam, aqueles que adoram, aqueles que abençoam; em resumo, faz cumprir o que é santo, o que pertence ao Ser Divino. Portanto, a alma que possui a Vontade Suprema como vida é o verdadeiro Céu, que, embora mudo, narra a glória de Deus e é anunciado como obra de suas mãos criativas. Como é bonito ver a alma onde reina a minha vontade! Enquanto ela pensa, olha, fala, palpita, respira, move-se, então ela molda as estrelas para adornar o seu Céu e narrar mais a glória daquele que o criou. Minha vontade abraça tudo como um só fôlego e nada pode escapar da alma de tudo que é bom e santo_"
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